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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Os videojogos hoje em dia! - Pág. 1-2

Por André Lopes para o PPLWARE
Os jogos não são uma coisa deste “novo mundo”. Existem desde há milhares de anos: jogos de cartas, de damas, berlindes, e até desportos (sim, creio que futebol, por exemplo, é um jogo). Sinceramente, falta-me paciência para ir pesquisar qual é o jogo mais antigo que a humanidade conhece e meter-vos aqui para complementar esta opinião. Normalmente costumo-me sempre informar antes de escrever algo, mas hoje decidi fazer algo espontâneo, que tenha inteiramente por base o que sai da minha cabeça.
Mas continuando, acredito que o primeiro jogo tenha sido o xadrez, ou posso estar redondamente enganado. Sinceramente, não interessa muito. Vim aqui para falar mais sobre os videojogos.


Há uns dias atrás (como quem diz meses) vi uma reportagem sobre a história dos jogos (de computador e de consolas). Não consegui ver a reportagem até ao fim, que até estava dividida por partes, mas consegui reter que o primeiro jogo virtual tinha sido um tipo qualquer que criou uma espécie de ténis (hoje em dia mais conhecido por Pong), a que deu o nome de Tennis for two. Naquela altura deve ter sido algo de extraordinário, poder divertir-se com uma máquina. Mas isso foi o primeiro passo, a pedra de uma gigante bola de neve na indústria a que hoje chamamos de videojogos.
A partir dessa pequenininha pedra, nasceram grandes nomes como Nintendo, e bastante mais tarde a PlayStation e a Xbox. Desde o Tennis for two, maravilhas clássicas foram criadas como o tão conhecido Pac-Man ou o Space Invaders. Todos estes jogos alimentaram ainda mais o desejo da população pegar em algo virtual. E assim nasceram as consolas domésticas, as portáteis, os jogos de computador, tudo até chegarmos à actualidade, onde estamos a começar a entrar nos jogos a três dimensões. Não que já não tenha sido tentado antes, como o Virtual Boy, mas os resultados nunca conseguiram conquistar verdadeiramente a audiência. O mesmo acontece para com os jogos com câmara, como o Eye Toy, e os comandos com sensores de movimentos.
Ao longo da história, o entretenimento virtual tentou sempre sair das limitações de um controlador para tentar dar algo mais emocionante ao jogador, procurando oferecer a imersão completa. Faz-nos lembrar aqueles capacetes que esporadicamente vemos em filmes de ficção científica em que o sujeito entra mesmo no jogo ou o que seja. Isto pode ter algumas implicações. Afinal, quem gosta de usar uma touca cheia de ventosas junto à cabeça para nos divertirmos?
Mas, vendo por outro lado, não é isso mesmo que procuramos sempre que pegamos num jogo? A imersão? Quando pegamos num Call of Duty o nosso objectivo não é demonstrar a nós mesmo que somos uns veteranos da guerra, já que sabemos que nunca o vamos ser na vida real? Quando pegamos numa FIFA ou num PES não procuramos uma forma de criar a nossa própria história como estrelas de futebol, visto que não sabemos nem fazer um cruzamento na vida real?
Então os videojogos não serão uma espécie de oportunidade de vivermos uma segunda vida, de criarmos a nossa própria história onde tudo é aquilo que desejávamos vir a ser na vida real? Será então como um livro, só que somos os protagonistas que os escritores criaram?
Se assim for, é terrivelmente assustador! Significa que somos uns falhados na vida real que procuramos à noite ser alguém em frente à televisão (ou monitor) mandando tiros na cabeça a pessoas do outro lado do mundo e chamando-lhes uns quantos palavrões.
Realmente, muitos cientistas tentam “proteger” o videojogo das crianças e adolescentes com medo que estas se entranhem demasiado nesta segunda vida, passando a considerar tudo como um jogo. Casos destes já aconteceram como o da escola alemã, em que um aluno matou a tiro vários estudantes e professores para depois se suicidar, salvo erro. Ao que parece, o jovem era fã de Counter Strike.
No entanto, não se pode proibir o uso de videojogos por causa destes casos. Fumar mata mais que jogar, e no entanto cerca de um terço da população portuguesa é fumadora (se não mais). E as bebidas com álcool? Quantas pessoas não dão entrada por dia num hospital por coma alcoólico?
O ser humano, por natureza, é viciado em algo. O povo tem sempre algum vício, o “ópio do povo”.
No entanto, não é por estar expresso nos nossos genes uma irresistível vontade de droga que nos vamos drogar ou roubar ou fumar ou seja lá que vício for. A nossa vida trata-se, em parte, de combater esses nossos impulsos. E é por isso que também não devemos desprezar os tais cientistas que nos alertam para os videojogos. Há um meio-termo para tudo: não os devemos desprezar, mas também não devemos fazer das palavras deles um ultimato. Jogar, em quantidades razoáveis, pode até ser proveitoso.

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